O Flamboyant
Postada à mesa da cozinha,
E o pensamento divagando,
À frente, um flamboyant florando,
Ornando o quintal da vizinha.
E eu, aqui, contemplando sozinha,
As flores, no embalo, aromando,
A mercê do vento e eu pensando:
“Que bom que eu fosse uma avezinha.”
No galho florido embalava,
O fascínio de assim viver,
Ora, só o pensamento voava,
E sempre pousava em você,
E eu continuava aqui admirando,
Enquanto o flamboyant florando.