ROSA 341 A MORTE DAS VIRTUDES

Em longas noites, os bons, em vão perdem o sono,

Com os ruins que suas luzes lentamente aniquilam,

Das almas puras, a esperança se queda, abandono,

E no âmago da dor, as virtudes se destilam.

Os risos, outrora doces, agora são amargos,

Mau humor, como neblina, se alastra,

Manipulação, em sussurros, encargos.

Desprezo e medo em cada gesto devasta.

A agressividade se torna a nova norma,

E a preocupação alheia, um fardo pesado,

Na selva de sombras, a fé se transforma,

O que era flor, ao tempo, teve um fruto errado.

Num triste fim, a luz se apaga e se conforma,

Desiludidos, os bons céus, tornam sem resultado.