ROSA 340 AMOR INATINGÍVEL

No crepitar da luz que a tarde incendeia,

Teus olhos, astros, em lhaços fulgurantes,

São segredos que o silêncio serpenteia,

E inspirações que elevam meus instantes.

Contemplando a beleza que me embriaga,

Cada sorriso teu é um eco distante,

Mas o amor, em sombras, na bruma se apaga,

Uma deusa que nunca se tornará amante.

Oh, intocável musa, que encanta e que fere,

No abismo profundo de um querer enredado,

Um suspiro oculto, um aviso que é mistério,

Quando a noite chega, e o temor é sagrado,

Anseio por ti, em um sonho que errei,

Contar-te em silêncio o que o peito não sabe.