ROSA 339 DESEJO

No silêncio da noite, a brisa espreita,

Desvenda segredos em sussurros terrosos,

A pele exposta, há algo que ajeita,

Um desejo escondido em veios gloriosos.

Cobra-se a luz, o véu da madrugada,

Íntimo prazer em sombras dançando,

Cada curva, um mistério, uma jornada,

Um corpo em segredo, o tempo parando.

São rostos de desejos, anseios ocultos,

Nudez que revela o que a alma abriga,

No toque sutil, nos sentidos tumultos,

Prazer quase terno que ao desejo instiga.

E, no convite etéreo da existência,

Um eco de vida, perfeita condescendência.