Mas que sonho!
Um certo dia me acordei ensandecido,
Esforcei-me, mas em vão, a levantar-me,
Pois sonhara no sono haver morrido.
Esperei pois, alguém para ajudar-me.
Fiquei por horas na aflição contido,
Quando enfim eu comecei a recordar-me,
Do que sonhei depois de adormecido,
Até o ponto do suposto acordar-me.
Eu vi anjos, querubins e Serafins,
Vi luzes muito claras, coloridas.
À minha frente estradas aos confins,
Que sumiam da vista, de tão compridas.
Foi um sonho belo, de sensações ruins.
Súbito então, eu me levantei com vida.
Recife, 18 de agosto de 2024