O anjo que roubou meu coração

O anjo, que roubou meu coração,

Morava num quintal vizinho ao meu.

Em um jardim bem onde floresceu

A rosa do amor inda botão.

 

Toda tarde ficava no portão,

Até o sol deitar-se no poente.

Assim, seguia a vida alegremente,

Até sentir as dores da paixão.

 

E eu, que era simples trovador,

Vivia a contemplar o sol se pôr,

No espelho da luz do seu olhar.

 

Seu nome, bem me lembro, era Sofia!

O anjo, que por pura teimosia,

Roubou meu coração ou vai roubar.

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NAMORADA

Solano Brum
 

Eu fiz de contas... Pensei que amava

E meu amor transcendia limitações!

Sobre o muro, enamorado, espiava...

Via flores em quaisquer das estações!

 

Um dia, acordei em meio as tentações...

O corpo frágil, imberbe, demonstrava

- Sem que eu percebesse - Inovações

Que, pelo pudor, pouco se comentava!

 

Obedecendo - Àquela época, - A libido,

Por muito tempo, olhei o lado proibido,

Sem jamais lhe revelar minha paixão!

 

Por tanto olhar, já me sentia o dono

De quem, a noite, a burlar meu sono,

Levava-me aos deleites da fascinação!

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 16/08/2024
Reeditado em 19/08/2024
Código do texto: T8130497
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