ONOMATOPAICO SERROTE
Há uma crendice popular de que o mês de agosto carrega uma espécie de maldição. É chamado o mês do azar. Pois bem. Normalmente costumo escrever tres ou quatro sonetos por semana e, neste mes de agosto já se vão 16 dias e não consegui escrever nada. Azar? Poderia até ser, mas foi outro o motivo. Este é exatamente o tempo que faz que li um soneto do poeta PIAUIENSE ARMENGADOR DE VERSOS, cujo tema era O SERROTE. Ao tentar compor um outro no mesmo tema, para interagir, não consegui. A partir daí fiquei num estado de bloqueio mental e não consegui escrever mais nada. Hoje forcei a barra e escrevi estes versos, de qualidade duvidosa, na esperança de superar o tal bloqueio. Desejem-me sorte.
ONOMATOPAICO SERROTE
Serrote é uma boa ferramenta,
De grande utilidade no seu lar.
É bem pequeno e fácil de usar,
Quando a necessidade se apresenta.
Mas é assaz difícil se se tenta
Usa-lo como um tema invulgar,
Do pouco que se tem para falar,
É mais difícil do que aparenta.
De versar sobre tudo eu me orgulhava,
Mas no serrote a poesia entrava,
Como um carro velho num areal.
Bem que tentei, mas me dei muito mal:
Ouço um imaginário rot-rot,
Vindo de um invisível serrote.