Meio poeta

Quando a boca da noite se despede

do Sol e abraça, feliz, a Lua

que, bonita, já clareia minha rua

e a minha mente que me pede

um verso, um poema, um soneto,

e logo, no papel, eu sento a pua

com minha vontade que é nua e crua

e busco a inspiração que anda perto.

Começo a rabiscar verso por verso

mas nessa caminhada tem tropeço

pois não sou mestre, ainda, nesta arte.

Um dia chego lá, não no Parnaso,

eu já passei do tempo, perdi o prazo

pois o que já domino é muito pouco.

Mas o pouco que sei tem bom tamanho

e, pra ser poeta bom, não me assanho...

Se nada pago à Poesia, pra que troco?

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 16/08/2024
Reeditado em 16/08/2024
Código do texto: T8130116
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