Meio poeta
Quando a boca da noite se despede
do Sol e abraça, feliz, a Lua
que, bonita, já clareia minha rua
e a minha mente que me pede
um verso, um poema, um soneto,
e logo, no papel, eu sento a pua
com minha vontade que é nua e crua
e busco a inspiração que anda perto.
Começo a rabiscar verso por verso
mas nessa caminhada tem tropeço
pois não sou mestre, ainda, nesta arte.
Um dia chego lá, não no Parnaso,
eu já passei do tempo, perdi o prazo
pois o que já domino é muito pouco.
Mas o pouco que sei tem bom tamanho
e, pra ser poeta bom, não me assanho...
Se nada pago à Poesia, pra que troco?
Josérobertopalácio