Simplicidade do amor
Encolhida, comendo, amendoim sem chinelo,
Te vejo em silêncio, tão doce, tão bela,
Nos gestos pequenos, um grande anelo,
A graça singela, qual pura aquarela.
Teus olhos que brilham, como estrelas no véu,
Em tardes serenas, o amor revelado,
No simples encontro de um toque singelo,
Teu riso é um canto, meu céu encantado.
Sem pressa, sem medo, te vejo e suspiro,
Na calma do dia, me perco a sonhar,
Pois és meu refúgio, onde sempre me inspiro.
E ao teu lado, em cada detalhe a brilhar,
No amendoim, no riso, sem chinelo ou vestido,
Encontro em ti tudo que tenho querido.