Crepúsculo
Sentei-me no terraço ao cair da tarde...
O sol, entre o céu azul e a nuvem branca,
Dissipando o calor, que já não arde.
É o horizonte lhe fechando a tranca.
Então, a espera que a noite retarde,
O escurecer que logo se alavanca,
Pássaros esperam que o sol se guarde,
No voo da noite, que a tarde desbanca.
Nesse último voo do dia, em revoada,
Numa bela e última coreografia,
Que até parece uma peça ensaiada.
A lua clareava, enquanto anoitecia,
Até que enfim, da forma esperada:
O lençol da noite agasalha o dia.
Recife, 14 de agosto de 2024