Lobos

"Como um lobo que veste de cordeiro,

A si, muitos procuram reprimir,

Seja o motivo nobre ou traiçoeiro,

Aos seus hábitos, tentam resistir.

E até onde o próprio ser permite

Toda a mudança pode ser real,

Mas à transformação há um limite

Que prevalece sempre no final.

Pois não se escapa à própria natureza!

O lobo que na linha se mantém

Hora ou outra, revela suas presas,

Por isso em quem confia, escolha bem."

Mas lobos não me assombram quando deito

Exceto o que se esconde no meu peito.

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Poema bônus retirado do meu livro de poesia, Lobisomem, publicado aqui no Recanto das Letras (link: https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/8056783 , ou basta abrir minha página de e-livros).

Se gostou do poema, se sente isso como eu sinto, não deixe de conferir o livro completo.

Segue abaixo a sinopse dele:

Um homem amaldiçoado desperta com suas roupas rasgadas e suas mãos sujas. A luz do crepúsculo devolve ao seu corpo cansado e ferido o controle. Só restam memórias imprecisas de uma noite de terror. Tudo se repetiu outra vez. Mais um ciclo completo de desgraça. Mais uma nova chance. Será que ele conseguirá restringir seu demônio interior até a próxima lua cheia? Ou estará condenado a se perder em si mesmo pelo resto de sua infeliz existência?

Arthur Miranda Moreira
Enviado por Arthur Miranda Moreira em 14/08/2024
Código do texto: T8128530
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