NUM VOO PARA... AONDE? ("in memoriam")
Eram sonhos passageiros a decolar ao horizonte
Linha sempre intangível ao tudo que é mortal!
Projetava-se um voo leve , na certeza do... aonde?
Só ansiavam pelas cores duma Aurora Boreal.
Mal sabiam que a poesia voa em ritmo de cruzeiro
E que a vida nunca versa seu destino principal!
Qual poema que começa sem um nítido paradeiro...
E dentre chamas finaliza seu roteiro abissal.
Ansiavam por abraços em terra firme a ser galgada...
Dentre nuvens tão suaves qual os flocos de algodão,
Céu hermético nunca afaga na turbulência anunciada
Só congela as entrelinhas dos voos de rota Austral.
Quando voa a finitude... nem os céus ouvem os lamentos,
Só badalam aos quatro ventos um voo celestial.
Nota: Dedico esse meu Soneto, que me soa num forte sentimento, em homenagem às vítimas do acidente aéreo ocorrido em 09/08/2024 em solo brasileiro.