SONETO AVOCANDO

Na mão da agonia, na dor desdita

Uma saudade, afinal, meu coração

Frustrado, no engano duma ilusão

Senti e amarga na tristura descrita

Como a dó, ferida, que do dano grita

Aumentando ainda mais a vastidão

Do verso sem decisão, sem a paixão

E, o sentimento desbotado e eremita

Como sofrente, em lôbrega jornada

O soneto, em uma poética prostrada

Sussurrando solidão insistentemente

Acossa, estorva, se vê desnorteado

Jorrando cada suspiro encarcerado

Avocando pelo momento pendente.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

10 agosto 2024, 07’57” – cerrado goiano

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 10/08/2024
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