<A ETERNIDADE DE UM INSTANTE>
A Eternidade de um Instante
No breve instante em que o tempo se inclina,
O amor, qual chama, eterniza-se em brasa,
E na cadência sutil da asa
Do vento, a felicidade se afina.
O mundo para, o universo domina,
E o peito vibra, qual orquestra em casa.
Naquele olhar, que o próprio céu abraça,
O tempo expande-se e a dor se destina.
Oh, divino fulgor de tal presença!
No lampejo, o eterno se faz latente,
A vida toda num segundo tensa.
Assim, no abraço que o amor consente,
Faz-se da existência a recompensa,
E o instante vive para sempre, ardente.
Astir*Carr
9/8/2024
Às 11:43 h