Soneto

Tece o veludo ensanguentado, graça

Dará o eterno pecado,  pasma

Entre as horas, lúcida implora bença

Que destina,e vigia o brado dilema

Pálido, o vejo enrolado de desespero

Oprimido pela incoerência da vida

Desatina do céu nublado enterro

Que viga do coração bondoso perda

Invoca das horas o fúnebre choro

Invicto não desanima do lúgubre

Que entre o belo escolhe feio raro

O veludo sopra à noite de encanto

Do vento espera socorro, cobre

Os olhos de lágrima e espanto.

Jaci Oliveira

Lágrima Acústica

Jaci Oliveira
Enviado por Jaci Oliveira em 07/08/2024
Código do texto: T8123756
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