A VERDADE DO DESTINO

 

Caminhando da vida pela estrada
Percebes, de repente: no caixão 
(Teu transporte até a última mansão)
Não levas absolutamente nada!...

 

Se a força bruta te guia pela mão,
Se tens no peito a presunção guardada,
Saibas que te esperam ao fim da estrada:
A terra fria, o gusano, a escuridão!...

 

Escreves num diário a trajetória
De tua vida - qual pálido cigarro - 
A consumir-se em vaidade, estória;

 

Pois a Megera nem vê teu acabrunho...
E enquanto ruges, ela, tirando sarro,
Ri-se de tua caveira, a foice em punho.

 

Gurupá, Pará, Brasil, 5 de agosto de 2024.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas
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