Sob o Véu da Saudade

Em tardes de verão, a luz se apaga,

O sol se esconde, lento no poente.

E a saudade, então, se faz presente,

Na brisa que da pele não se afaga.

Memórias vêm à mente como vaga,

De tempos que se foram de repente.

O coração, saudoso e persistente,

Recorda cada riso, cada chaga.

A lua surge, tímida, no céu,

E as estrelas, como um doce véu,

Relembram cada sonho já vivido.

Na noite silenciosa, a dor reluz,

Saudade é um suspiro que conduz

Às lembranças de um tempo já perdido.

Sinto na alma o peso do desejo,

De reviver momentos no ensejo

De trazer de volta o que se foi.

Mas resta apenas o eco do abraço,

O som distante de um tênue laço,

E a esperança que o coração compõe.

Amanhece, e a saudade se aquieta,

Mas fica em cada canto a sua meta,

Guardada como um sussurro profundo

Williamm
Enviado por Williamm em 05/08/2024
Código do texto: T8122147
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