Paz sepulcral
Paira por entre as brumas sepulcrais,
Um sussurro sinistro e tão fremente,
São lamúrias, resquícios espectrais
Que soam num silêncio já dormente;
Envolve a noite à alma em véus mortais,
Acolhe o desespero lentamente;
E o vento a devastar os roseirais,
Espalha esse lamento mais pungente...
Ouve! Parecem gritos, desalentos,
Sombrios ecos, gélidos tormentos,
Ululações de antigas desventuras...
Ouve! Porém, não tentes decifrar,
Não pode o humano coração gozar
A paz que jaz por entre as sepulturas!