Desespero

Tarde da noite desço ao porão

Quando todos os outros já descansam,

Deito no escuro e sinto a exaustão

Crescer com essas horas que avançam.

Sei que não tarda para a lua cheia

E preciso me manter sempre desperto,

Pois quando o mal correr nas minhas veias

Não posso me perder do que é certo.

Não sei se é possível que eu rompa

A maldição que faz com que eu corrompa,

Eu temo que ela seja inquebrável.

Mas não há tempo para que eu descubra

Se eu impedir que as mãos se tornem rubras

Então eu não serei mais imprestável.

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Boa noite!

Esse poema foi retirado do meu livro de poesia, Lobisomem, publicado aqui no Recanto das Letras (link: https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/8056783 , ou basta abrir minha página de e-livros). Segue abaixo a sinopse dele:

Um homem amaldiçoado desperta com suas roupas rasgadas e suas mãos sujas. A luz do crepúsculo devolve ao seu corpo cansado e ferido o controle. Só restam memórias imprecisas de uma noite de terror. Tudo se repetiu outra vez. Mais um ciclo completo de desgraça. Mais uma nova chance. Será que ele conseguirá restringir seu demônio interior até a próxima lua cheia? Ou estará condenado a se perder em si mesmo pelo resto de sua infeliz existência?

Arthur Miranda Moreira
Enviado por Arthur Miranda Moreira em 03/08/2024
Código do texto: T8120716
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