RENOVO

(Escrito em fevereiro de 2016)

Da goiabeira, lá, num galho, canta

um sabiá seu cântico matinal

e o romper da manhã, que tanto encanta,

um sonho traz-me, ainda, em germinal.

Amanheceu. Ao leste se alevanta

o sol rompendo os montes, triunfal,

e feito uma onda, do mar, se agiganta

e vem banhar de luz o meu quintal.

E assim que a luz do novo dia toca

meu ser, em mim de esperança um fio

me diz que os males de ontem não importam,

Todos os dias renasço como a soca

da cana doce que, lá no baixio,

brota mais forte quanto mais lhe cortam.

Claudeciano Ferreira
Enviado por Claudeciano Ferreira em 02/08/2024
Reeditado em 02/08/2024
Código do texto: T8120706
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