*Flor Solitária

 

Brotou a flor nascida no quintal

Cresceu ali com o mugido do gado

Abriu as pétalas sem um roseiral

Frutificou assim sorriso abastado.

 

Vermelha, sua cor cheirando vida

Ouviu o vento, os rios, a pastagem

O sonho dourado viveu, e na partida

Seguiu a correnteza, em derrapagem

 

Perdeu o prumo, perdeu o sonho

Solitária murchou da sede d’água

Da mão cautelosa, o olhar tristonho.

 

Sorriu no amanhecer inesperado

Um fio de galho nasceu sem mágoa

A flor intacta nas mãos, o novo achado.

 

Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 02/08/2024
Código do texto: T8120522
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