ROSA 293

Na dança efêmera de um instante,

Buscamos nos brilhos a eternidade,

Desprezamos o simples, o significante,

E trocamos a paz pela vaidade.

Os desejos surgem, como um fantasma,

Atraem com promessas de felicidade,

Mas, ao fim, revelam seu eterno drama:

Em telas vazias, a nossa verdade.

A vida é um sopro fugaz e profundo,

E os bens que buscamos se esvanecem,

Enquanto a saúde se perde no mundo.

Desejos vãos, que em desalinho tecem,

A ilusão de um bem que nunca é fecundo,

Na busca incessante, as almas perecem.