Soneto do amor platônico
Em glória de um luar que se esconde,
Os olhos meus te buscam com fervor,
Teu rosto é a visão de um doce amor,
Que em sonhos meus a noite sempre responde.
No campo da beleza, és a estrela,
Que acende a luz do céu em noite calma,
E a mente, que em fervor teima e desarma,
Se perde em tua imagem que se revela.
Oh, como a musa de um amor sublime,
Que apenas no ideal se eterniza,
E que na realidade não cede.
Serás sempre a poesia que me define,
O amor que nunca cessa nem se cansa,
Um sonho em que o coração sempre crê.