ROSA 291
Até a eternidade, juras de amor eterno,
Palavras que se perdem no vento frio,
Enquanto vivos, demonstramos o inferno
De sentimentos que guardamos com desafio.
A hipocrisia da frase em boca vazia
Que não se traduz em gestos de carinho,
A falsa promessa que logo se esvazia
Na falta de bondade do ser mesquinho.
Então, como fazer depois de mortos?
Quando as palavras não podem mais curar,
E os arrependimentos são mudos e tortos.
Que não se calem os gestos de amar,
Que sejamos bons uns para os outros,
Até a eternidade nos abraçar.