ROSA 290
Nos altos lares da ilusão triunfa,
A arrogância que cega e se exalta,
Querendo ser o que, na vida, não canta,
Despreza o saber, com isso, o mundo mata.
Com facérias e vertigens que infunda,
Ergue-se em trono onde a razão se falta,
E busca os céus, mas a mente mal salta,
Perde-se em sonho que, em lágrimas, afunda.
Oh, quão triste é querer ser o que não,
Vestir-se em futilidades que enganam,
Ignorando a luz que a sabedoria traz.
Pois quem ignora, em seu egocentrão,
Abre as portas à queda, e se afundam
Em mares de nada, onde a vida jaz.