Calejada
Amigo, eu nem te conto das rasteiras
Que a vida, já me deu, 'stou calejada
Eu já me vi sem eiras e nem beiras
Agora já me faço de rogada.
Resiliente eu sigo, rio à piada
Me faço de bocó, sambo em esteiras.
E permaneço muda, digo nada
Pra não cair nas pontas das peixeiras.
Andando paripasso, equilibrada
Na corda bamba, já acostumada
Mais nada me amedronta, ou põe limite...
De tudo o que passei, geri palpite
Que tudo vale a pena, é experiência
Valida essa aventura, a consciência.