Dualidade Sombria do Amor
Coração, máquina orgânica em dor
Que bate em compassos de agonia intensa
Na angustia também é transgressor
Buscando um porto que jamais compensa
E no peito vazio a solidão desata
O relicário ausente de amor
Chora e lamenta a sua dor ingrata
Dentro da penumbra sem cor
Eu que te encontrares nas trevas claras
No doce sonhar que o desespero não esquece
Sob a tua paixão as esperanças foram raras
E na alcova de minha alma faço minha prece
Porém, se na morte encontro tuas caras
Vivo, o meu espírito ao teu amor renasce
Davi Freitas - 30/07/2024