ROSA 289
No banco silencioso da capela fria,
Uma jovem gestante, em prece, busca proteção.
Sua barriga grande ficar de joelhos lhe impedia,
E o peso de ficar de pé na oração.
Na solidão, então, se deita, prostrada,
Em profunda oração, no altar da fé;
Mas uma voz irrompe, perturbada:
A senhora da portaria repreende a mulher.
"Aqui não pode ficar", disse, fria, sem amor.
E a mãe, em lágrimas, ergue a visão,
Com voz que ecoa, retumba o clamor:
"Estou orando, ó cruel opressão!
Para trás de mim, satanás e seu rancor,
Que aqui é espaço de devoção.”