O Castigo de quem ama
Por ser eterno o amor resiste
E vence o tempo que divago
Olhos rasos d'água que trago
E a saudade que me faz triste
Tu és meu porto que surgiste
Quando nas lágrimas naufrago
Ou se me afogo e me embriago
Atrás da morte e a vida insiste
Entrego o coração ao espinho
E sob pétalas de ti dama
Grito e sangro, choro baixinho
Minh'alma então suplica e clama:
"Não existe vida em mim sozinho,
só dor, castigo de quem ama"