Poesia embarcada

Mas o poeta embarcou-a na canoa,

Que é meu coração, agora a navegar.

Sua poesia em minh'alma ressoa,

Para o fim do meu mundo a me levar.

Onde o vento faz curva, lá distante,

Onde o mundo é fechado com taquara,

Onde corre o rio, flor deslumbrante,

Que espera o sol nascer toda manhã clara.

Seca o orvalho, a noite e as lágrimas,

Sobre as rubras pétalas a chorar,

Enquanto a flor floresce em novas páginas.

E assim navego com meu peito a amar,

A poesia do poeta, suas mágicas,

No meu coração sempre a brilhar.

Interação com

Espero minha gaivota (2006)

de Kolemar Rios