ROSA 267

Num mundo onde direitos se proclam,

Mas sua eficácia se dissipa,

Individuais, frágeis, que reclam,

Relativos, em sombra, o amor emancipa.

Ninguém cede, ninguém mais se anula,

Egoísmo impera, a solidão atiça,

No casamento, a evolução regula,

O amor se perde, a paz e postiça.

Que tempos são esses, onde o que é certo

Se perde em desejos egocêntricos?

A união se desfaz no próprio incerto,

E o coração se fecha em ais melancólicos.

Que possamos, enfim, resgatar o afeto,

E mudar este rumo, por um mundo mais correto.