REPECHANDO O AMOR ( soneto gaudério)

REPECHANDO O AMOR

Jorge Linhaça

10/01/2008

9:43

Sou sol repontado no horizonte;

és lua ascendente no firmamento.

Enquanto descambo por trás do monte,

vejo-te ao longe, nas curvas do tempo.

Sedento da água de tua fonte,

assoleado pelo meu tormento,

circuncidado a talho de foice,

erva-mate em arrolhamento.

Quisera ser potro de arrendamento,

arrocinado na tua querência...

mas, sou bagual, galopando no vento,

Sou qual o minuano: minha essência

não é de ficar mirando, lejano,

repecho o cerro, da tua exigência.