TESOUROS
Nas lágrimas da noite prolifera
o beijo da alvorada sobre a mata
e multiplica o riso que resgata,
com todo o resplendor, a grande esfera.
Nas folhas dançarinas, em cascata,
escorre a vastidão que, ao fim da espera,
derrama o colorido, regenera
a cena escurecida e me arrebata!
O olhar fulgente, preso em meus tesouros,
inunda o coração de feixes louros
e posso desfrutar gritante enleio.
O orvalho das manhãs expande a graça
presente no universo quando enlaça
as emoções que agora não refreio...