SEM DOLÊNCIA...

Na paixão não cito preces, seria blasfêmia,

Assim também no amor não rogo praga,

Apenas de ambos a essência, polissêmia,

Para que no ato a satisfação deles me traga.

Quando no auge, sem gritos, só a disfêmia,

Depois dum suave vinho e no cigarro traga,

Em doces noites, daquelas então boêmias,

Nas quais nos lábios nenhum sabor estraga.

Debruça teu corpo envolto na demência,

Sob o de quem cansado sem clemência,

Ainda faz no teu carinho em lisa estrada.

Curvas e curvas sem pudor e ou paciência,

No silencioso arrepio, mas sem dolência,

De quem te cede tudo e não te pede nada.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 22/07/2024
Código do texto: T8111932
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