Freud morreu
Depois de escapulido do passado,
e de valsar Tchaikovsky em meus traumas,
liberto, perdoadas, muitas almas
que no meu peito havia encarcerado.
Diluo a culpa — tenho compilado
do meu antigo ser lembranças calmas.
Fujo do escárnio e repudio as palmas...
degusto o agora — e é belo e está mudado.
Não sei rememorar grilhões antigos,
nem reaproveitar meus inimigos
que foram, sem dizer, pra sepultura...
Freud morreu! e foi carbonizado
com tudo o que restava do passado.
— Eis evidente! Eis pronta a nossa cura!