Réquiem ao poente

A vida resiste de teimosa

Fazendo acordos com o nascente

E a chuva de gotas caprichosas

Toca um réquiem ao poente

Tudo o que é vivo persiste

Voando voo de abelha

Sem corpo de voar, mas insiste

Como sol brilhando sobre telha

Na taça o vinho ainda escorre

Descendo sem pressa de findar

Fogueira em brasa que centelha

É vida, leito rio fluxo que corre

Entre veias e artérias a pulsar

Sangue rubro rosa vermelha

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 20/07/2024
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