LEGADO

LEGADO

Deixarei minha poesia, amada ou odiada

Minha forte ausência notada, comentada

Minha presença de luta, de enfrentamento

Nunca a covardia! Ela canta a todo momento!

Deixarei meus feitos, inda que os defeitos

Sejam amplamente iluminados nos seus eitos

Com suas duras histórias e memórias honestas

Com suas relatividades impregnadas, infestas

Deixarei meus risos e uivos nas batalhas e festas

Minha história em favor do que querem escória

E digo que é o que de bem e bom ainda resta!

Mas também deixarei meu desprezo em memória

Pela gente servil que se empresta ao que não presta

Mas subserve-se como fetiche de cópula inglória.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 17/07/2024
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