LEGADO
LEGADO
Deixarei minha poesia, amada ou odiada
Minha forte ausência notada, comentada
Minha presença de luta, de enfrentamento
Nunca a covardia! Ela canta a todo momento!
Deixarei meus feitos, inda que os defeitos
Sejam amplamente iluminados nos seus eitos
Com suas duras histórias e memórias honestas
Com suas relatividades impregnadas, infestas
Deixarei meus risos e uivos nas batalhas e festas
Minha história em favor do que querem escória
E digo que é o que de bem e bom ainda resta!
Mas também deixarei meu desprezo em memória
Pela gente servil que se empresta ao que não presta
Mas subserve-se como fetiche de cópula inglória.