MADRUGADAS

No regaço acolhedor das madrugadas,

Que às sombras da noite se aglutinam,

De lembranças e saudades se iluminam

Os afagos de esperança em alvoradas.

Ao júbilo, uma suave canção é entoada

Aos impulsos da saudade, às fantasias,

Que sublimam, cintilantes, as alegrias,

E, no alvorecer dos sonhos, embaladas.

Escoam-se, às janelas, dores e tristeza;

Seduzem-me, agora, as cores, a beleza

Que, na foto dela, falam-me ao coração.

Vem, depois, a noite mansa e renitente,

Com seus atrozes oráculos resistentes,

Que revertem a minha calma em aflição.

ALBINO VELOSO
Enviado por ALBINO VELOSO em 16/07/2024
Código do texto: T8108047
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