MADRUGADAS
No regaço acolhedor das madrugadas,
Que às sombras da noite se aglutinam,
De lembranças e saudades se iluminam
Os afagos de esperança em alvoradas.
Ao júbilo, uma suave canção é entoada
Aos impulsos da saudade, às fantasias,
Que sublimam, cintilantes, as alegrias,
E, no alvorecer dos sonhos, embaladas.
Escoam-se, às janelas, dores e tristeza;
Seduzem-me, agora, as cores, a beleza
Que, na foto dela, falam-me ao coração.
Vem, depois, a noite mansa e renitente,
Com seus atrozes oráculos resistentes,
Que revertem a minha calma em aflição.