Saudade eterna

Quis não lembrar da gente enquanto pude!

Mas nunca consegui ficar distante...

Da insistente lembrança inebriante,

Que, miseravelmente, a mim, ilude.

E, preso em sonhos, a vicissitude

De reviver o nosso amor constante

Revela o seu sorriso apaixonante

Nos becos da memória, tão amiúde.

Quis não sentir saudade e quis, em vão,

Pois, ao partir, levou meu coração,

E assim levou também o que restou...

De um quebradiço ser que, crente, espera,

Enfim, a sua volta. Quem me dera!

Enquanto jaz aqui quem muito a amou.

Alexandre Toledo
Enviado por Alexandre Toledo em 15/07/2024
Reeditado em 16/07/2024
Código do texto: T8107611
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