Saudade eterna
Quis não lembrar da gente enquanto pude!
Mas nunca consegui ficar distante...
Da insistente lembrança inebriante,
Que, miseravelmente, a mim, ilude.
E, preso em sonhos, a vicissitude
De reviver o nosso amor constante
Revela o seu sorriso apaixonante
Nos becos da memória, tão amiúde.
Quis não sentir saudade e quis, em vão,
Pois, ao partir, levou meu coração,
E assim levou também o que restou...
De um quebradiço ser que, crente, espera,
Enfim, a sua volta. Quem me dera!
Enquanto jaz aqui quem muito a amou.