ROSA 218 e 219
ROSA 218
No jogo da infidelidade insana,
Reside a causa de um adultério;
Seja por falta de caráter, vil gana,
Ou vingança ardente, com desvario.
Há quem busque prazer sexual fervente,
Outros cedem ao desejo visceral;
Em tentação se perdem facilmente,
Em múltiplas razões, de forma igual.
Na mente, a traição se desenha,
No banheiro da solidão se planeja,
Com o consolo, a si mesmo se ordenha.
Todo homem ou mulher, a si deseja,
Na imaginação se entregou,
Ao adultério, sem pudor, de forma que pecou.
ROSA 219
Traiu o marido com produtor antigo,
Casou-se com ele, deixou tudo pra trás,
Conheceu o jogador quando ainda era capaz,
Levou cifre e o coração ficou partido.
E olha que a traição foi virtual,
Imagina se fosse igual, presencial,
A falta de senso é tão evidente e nua,
Escolher a traição, mesmo sendo virtual.
Crime é crime, não importa o meio,
A dor causada é real, o sofrimento verdadeiro,
Pensar que pode escapar impune é um devaneio.
Por isso, cuidado ao agir sem pensar,
Pois as consequências podem te alcançar,
Mesmo que a traição seja apenas no ar.