ONDE A GLÓRIA DO POETA?
A formiga altiva, a folha levanta,
Mas não se verga ao peso de seu labor.
No pedreiro, o tijolo, é semente de planta
Que ergue o imaginário do construtor.
Quem sou eu com meus poemas e palavras,
Canções que ergo sem sequer usar as mãos?
Onde a glória dos poemas que são lavras,
Pepitas de ouro, não sentimentos vãos?
Hei de cantar meus versos, proferir canções.
Dedilhar arpejos dest’alma efervescente,
Erguendo mansões ou choupanas nos corações.
Só não desistirei de ser poeta nunca,
Pois a glória do poeta é dessa gente
Que a poesia põe sorriso em alma adunca.