Intercorrências

Um nasce, um outro morre; aqui rebrilha

a luz da aurora envolta em flavas rendas.

Ao longe as noites fulgem estupendas;

alguém se assusta e alguém se maravilha.

Este goza do amor, aquele trilha,

da vã saudade, as mais tristonhas sendas.

Horas de aplausos, horas mais horrendas,

um chora o pai, a um outro nasce a filha.

É mesmo assim a vida e sempre existe,

em meio ao bem e ao gozo, o instante triste,

porém, não se eterniza o mal que inflama.

Um dia na ribalta e no outro dia,

sem sonho, ao rés do chão… mas quem diria?

Às vezes viçam flores dentre a lama!

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 13/07/2024
Código do texto: T8105880
Classificação de conteúdo: seguro