Hei de morrer de amor

Hei de morrer de amor, de amor por ti vivendo,

na flava luz do sol, na argêntea luz da lua.

E ao fim das estações, no ocaso que me estua,

terei, ao lado teu, o mais gentil adendo.

Se o fôlego se esvai num beijo a que me rendo,

num outro, em tanto ardor, a vida se insinua.

Mil vidas, mortes mil e em todas elas tua,

minha alma tem, do amor, o doce dividendo.

O bem que se mostrou nas horas tão pequenas

e fez-me deslembrar o aiar das velhas penas

tornou-se o amor maior e igual jamais senti!

Se morro a cada sol, renasço sem atraso

na luz dos olhos teus, no beijo em que me abraso...

Se morro por amor, revivo ao tê-lo em ti!

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 13/07/2024
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