Dançando rumba
No mais, estou indo muito bem, sozinho
no meu quarto de dormir. Na penumbra,
deito-me na cama e bebo meu vinho
como quem está morto e desce à tumba.
Embriagado por falta de carinho,
brigo, xingo, arrumo a maior quizumba
com desconhecidos, com meu vizinho
que me desculpa por saber da rumba.
Nesta dança do dia a dia permaneço
assim tentando esquecer que não esqueço
que já nenhuma diferença faz
se estou alegre ou triste. É simplesmente
ir e permanecer indiferente
ao que está presente e ficou pra trás.