Afago
Em olhos já senis,
De contornos marejados,
Contempla o tracejado,
Da insinuante flor-de-lis.
A alma antiga e calejada,
É o retrato da vivência,
Já em noite enluarada,
A lutar pela sobrevivência.
A doçura desta natureza,
Encanta o pensamento,
Como dádiva e pureza.
E no afago das palavras,
Revelar a fantasia,
Nas camadas que deslavras.