Bem-vindo ao frio
Por fim, as nuances do inverno
chegaram; o frio, garoa e tédio,
Há quem por advir subalterno,
Para quem gosta; um privilégio.
No inverno até o vento suspira,
Como se pedisse o aconchego,
Aos adeptos, o desejo que gira,
Aos fracos; dor e desassossego.
Há de haver, no frio, boa cama,
Com cobertores e travesseiros,
E aquecer o fogo de quem ama...
Frio congela e também queima,
O coração pujante que é chama,
Na afeição de quem ainda teima.