Bem-vindo ao frio

Por fim, as nuances do inverno

chegaram; o frio, garoa e tédio,

Há quem por advir subalterno,

Para quem gosta; um privilégio.

No inverno até o vento suspira,

Como se pedisse o aconchego,

Aos adeptos, o desejo que gira,

Aos fracos; dor e desassossego.

Há de haver, no frio, boa cama,

Com cobertores e travesseiros,

E aquecer o fogo de quem ama...

Frio congela e também queima,

O coração pujante que é chama,

Na afeição de quem ainda teima.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 07/07/2024
Reeditado em 15/07/2024
Código do texto: T8101743
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