CARÊNCIA...
Se te faz falta ao relento o sopro da loucura...
Ao desvendar todos os segredos e desídia...
Tomando conta do teu corpo a alma impura...
Ao refletir a cruel luz te avisando que já é dia.
Vás num repetir suplícios nessa vida obscura...
Que sentes te abalar a dor e o sangue esfria...
Enquanto o pensamento de antes perdura...
Neste teu poço do peito que a maldade cria.
Indelével essa marca em ti da vil saudade pura...
Mesmo no se aconchegar da noite às escuras...
Ao sentir que a saudade é selvagem, é arredia.
Revelando o porquê do meu nome ainda aturas...
Na verdade comparando-me a outras criaturas...
Eis que trocastes lágrimas por nossa ida alegria.