Revigouro

Por quanto já amendoaste muitos outros

O estranho, o monstro com as diversas cabeças

Que cospe credos valendo aquilates de ouros

Acúmulo primevo, doenças burguesas

Quanto em coruja casou com estéril corvo

Sozinho, solipsista, a bicar férrea algema

Aa asas já não mais aptas ao belo vôo

Crê, a coruja, esperta, achar alma gêmea

Urge ao credo crer, uns fossos de penoso enxofre

Que forjam sob a bigorna da vil vergonha

A aliança com a incerteza mais sã, doce

Urge ao bel do ceticismo, os laivos quem sonha

Que humilhildes remanescerão dentre os coices

Dádivo monstro a casar ávida virgem honra