Soneto II

Em sombras do mistério, um clarão,

Luz suave que envolve o existir,

Nos olhos brilha o secreto porvir,

Na alma ecoa suave oração.

Nas veredas do tempo, um refrão,

Melodia que faz o coração sorrir,

Caminho incerto, sempre a persistir,

Enigma profundo em cada chão.

Na brisa leve, o sonho se desfaz,

E o vento sussurra o segredo,

Das estrelas ao amanhecer.

Assim, percorro os céus, vivo em paz,

Com o mistério que em mim, arvoredo,

E o eterno canto do amanhecer.