Soneto I
Nascer do sol em teu olhar fulgente,
Encanto que enfeitiça e que seduz,
Tua presença é luz resplandecente,
És meu farol, meu norte, minha cruz.
No teu sorriso, vejo a primavera,
Renasce em mim a vida, a esperança,
Em cada gesto teu, doce quimera,
Encontro a paz, renasce a confiança.
Mas este amor, tão puro e tão profundo,
No teu coração não encontra morada,
Vivo a vagar, sem rumo, pelo mundo.
O que sinto por ti, é chama alada,
És minha estrela, meu desejo imundo,
Amor não correspondido, dor calada.